domingo, 6 de maio de 2012

Em Cena, encena!


Há vários personagens dentro de mim, alguns chamariam “máscaras”. Prefiro “personagens”, personalidades, facetas, tipos de pessoas, que em algum momento de nossas vidas tivemos alguma interação, admiração,.. não sei. O personagem fica ali, como um curinga à postos. Quando precisamos representar um “tipo” numa determinada circunstância, resgatamos esse sujeito do inconsciente e o incorporamos.

Vivemos a cena como um laboratório teatral. Ao final, quando a cena acaba, percebemos o todo, ou a parte dele, e não temos muita certeza de como tivemos coragem de agir de tal modo, ou de onde tivemos ideia de agir assim, ou mesmo como tivemos coragem, ou força, para enfrentar isso ou aquilo.

Como cantou Fafá de Belém, dentro de mim mora um anjo...
...uma hippie, uma médica, uma professora, uma criança assustada, uma mulher resolvida, uma autodidata, uma guerreira, uma religiosa, uma santa, uma algoz,... uma louca, uma assustada, uma medrosa, uma intempestiva. Dentro de mim mora um anjo.

A cena acaba, saio do personagem, mergulho no banho, no travesseiro, no sono merecido dos justos... Cai uma lágrima ou um sorriso, não importa.

Vou para coxia, ensaiar o próximo ato.